sexta-feira, 30 de abril de 2010

Formatando seu computador


Apesar de qualquer um poder fazê-lo atualmente a formatação de um computador requer planejamento. É verdade que com o nível dos instaladores dos Sistemas Operacionais tudo acontece quase que automaticamente bastando apenas algumas poucas interações com o usuário. Mas você consegue responder se o S.O. instalado na sua máquina está utilizando todo o potencial de que ela dispõe?


O planejamento deve começar pela escolha da empresa que o servirá. Será a Microsoft com seu Windows criado pelo pioneiro Bill Gates? Será a Apple do inovador Steve Jobs com seu Mac OS? Será alguma Distribuidora de Linux cujo kernel foi criado pelo revolucionário Linus Torvalds? Se você tiver que perguntar a opinião de alguém para tomar esta decisão nunca saberá a resposta. Todas tem pontos positivos e negativos e todos os lados possuem profetas xiitas que defendem "seu" sistema operacional como se este o conduzisse ao paraíso e o outro fosse a encarnação do mal na terra. Minha resposta para esta pergunta assim como para a maioria das outras é: DEPENDE!


O Microsoft Windows ainda é dono da maior fatia de mercado, com mais usuários e consequentemente com maior diversidade se softwares a sua disposição. É um sistema operacional pago e bastante caro - a versão mais simples de sua última distribuição para computadores pessoais chega a custar 33% do valor de um Netbook. Apesar de existir uma estrutura gigantesca de suporte esta só é realmente aproveitada por empresas, restando aos usuários domésticos - que comumente utilizam versões piratas - a busca de auxílio em blogs e forums.

As Distribuições Linux são responsáveis pela segunda maior fatia do mercado de Sistemas Operacionais. Aqui uma explicação: Linus Torvalds foi responsável pela criação do núcleo do Linux - a parte que permite que os programas feitos para Linux interajam com os hardwares do computador. A união do kernel a um conjunto de programas (editores de texto, navegadores de internet, tocadores de filme e música) forma uma Distribuição. Este trabalho normalmente é feito por uma empresa ou grupo de pessoas que também agregam algum outro valor ao pacote (tradução para um determinado idioma, a criação de um instalador, etc.). A maioria das distribuições Linux são gratuitas e permitem a realização das mesmas atividades de um Windows. Se a única variável a ser considerada fosse o preço não haveria motivo para se pagar por um S.O.. Mas alguns softwares possuem apenas versão Windows e seu similar no Linux, por vezes, funciona um pouco diferente ou não possui todos os mesmos recursos. Desta forma, a resistência à mudança ou até a perda de eficiência na execução de algumas atividades colaboram com este segundo lugar.

Uma terceira opção é o Mac OS que passou a funcionar em PCs depois que a Apple começou a utilizar processadores Intel em seus computadores. Além de uma interface bonita e suporte nativo aos ambientes de desenvolvimento de software para a "iFamily" não existe nenhuma vantagem real. Devido à falta de drivers para os hardwares do PC e por ter seu desempenho máximo apenas no hardware para o qual foi projetado é uma opção que deve ser utilizada apenas por entusiastas que não se incomodem com algumas restrições de utilização e de desempenho.


Escolhido o sistema operacional deve-se optar por uma de suas distribuições. No caso do Windows, para computadores pessoais, a escolha mais comum atualmente fica entre o XP, o Vista e o 7 (Seven). Os falecidos ME, 98, 95 e 3.1 não recebem mais atualizações e por isso ficaram no passado. No caso de servidores, os NT foram substituídos pelos Server 200X e normalmente só interessam a empresas. Os CE e Mobile estão sendo substituídos pelo Phone 7 e se restringem a dispositivos portáteis. Entre as 3 opções desktop, o Windows Vista deve ser desconsiderado. Foi um lançamento infeliz, extremamente pesado (consome muito recurso de memória e processamento) e foi rapidamente substituído pelo Windows 7. O Windows XP, que existe também com SP1, SP2 e SP3 já teve sua morte descontinuação anunciada. Mesmo assim a escolha fica entre o XP e o 7. De forma bem simplificada, se seu computador tiver mais de 1 GB de memória ram fique com o Windows 7, caso contrário fique com o XP. Os Service Pack do XP prometem a correções de falhas e o aumento de segurança do sistema. Estas promessas não ocorrem de graça. Eu não instalaria um XP SP3 em uma computador com menos de 512 KB de memória...


Além da distribuição, no caso do Windows, ainda é necessário escolher sua edição. Enterprise, Datacenter e Standard para as versões mais novas de Windows Server. Da mais simples até a mais completa existe a Starter, Home Basic, Home Premium, Professional, Enterprise e Ultimate para Windows 7. A Starter e a Home Basic, a princípio, não eram para ser vendidas em caixinhas e estão disponíveis apenas para países de terceiro mundo. Não contam com diversas funcionalidades das demais edições e assim custam menos. O diferencial da edição Home Premium é o Windows Media Center. A Professional traz o modo de compatibilidade com Windows XP e a Ultimate, que possui todas estas funcionalidades e mais algumas, é a mais cara de todas. A Enterprise é a Ultimate sem os jogos. Detalhe interessante é que a Starter, no Windows 7, não possui mais a limitação de abrir apenas três programas simultaneamente. Existe uma tabela completa para comparação das edições. A bem da verdade se não fossem algumas restrições de funcionalidade da Starter ela seria a edição indicada. Além de custar menos, o que acontece com frequência é a instalação da versão Ultimate e a substituição de suas funcionalidades por similares oferecidas por terceiros que além de mais completas normalmente são mais eficientes.



A escolha de uma Distribuição Linux é ainda mais complicada. Elas existem aos montes e cada uma segue uma filosofia diferente. O Damn Small Linux é uma distribuição para desktop que pode ser executada de um pendriver e ocupa míseros 50 MB. O Debian é uma distribuição da qual muitas outras se originaram, é bastante conservadora, preocupada com estabilidade e por isso demora a liberar novas versões. Red Hat assim como Debian possui muitas distribuições derivadas e atualmente é uma distribuição paga. O Slackware tem fama de ser apenas para usuários avançados. O Mandriva foi criado com a junção de duas outras distribuições e, assim como o Suse, possui versões grátis e pagas. O Ubuntu é uma das mais indicadas para usuários domésticos pois é simples de instalar e fácil de usar. Além destas há muitas outras distribuições disponíveis. 


O Mac OS foi feito exclusivamente para computadores Apple. Graças a alguns grupos pirata inovadores ele também pode ser instalado em máquinas não Apple. Hackintosh é como são conhecidas estas versões especiais e iDeneb, iPC e iATKOS são algumas das distribuições do Mac OS X para PC - tanto para AMD quanto Intel. Não são todas, mas algumas distribuições também podem ser instaladas no VMware!


Outra questão importante é optar por um sistema operacional em 32 ou 64 bits. Até recentemente a maior parte dos computadores vinham equipados com processadores x86 onde só rodam sistemas operacionais de até 32 bits. Com os processadores x64 tanto a versão 32 quanto a 64 bits são possíveis. Mas como essa mudança ainda é recente nem todo hardware possui driver na versão 64 bits. Muitos softwares também não e com isso não tiram proveito deste maior poder de processamento. Os que o fazem têm ganho de performance considerável. Outro ponto é que a versão 64 bits de um SO consome mais memória dos que a 32. Além disso existem outras restrições: o Windows 7 Starter só possui versão 32 bits, o Ubuntu existe tanto em 32 quanto em 64 e o Mac OS X só existe em 64 bits.

Outro detalhe relevante é o idioma do sistema escolhido. Versões em inglês - normalmente a linguagem oficial do sistema - tendem a receber atualizações antes das versões traduzidas. Além disso as telas, menus e mensagens normalmente são feitos para o idioma oficial e sofrem impactos de layout quando traduzidos. Por outro lado a navegação tende a ser mais natural e eficiente quando o usuário utiliza seu próprio idioma.

Mais um quesito a ser analisado é se vale a pena utilizar uma versão Beta ou se é melhor esperar até a versão Final. É comum que uma nova versão, mesmo que Beta, seja mais rápida, consuma menos recursos, traga novas funcionalidade e melhorias das existentes, melhore o suporte a hardware - estou pensando no Linux :) - e erro por erro, a versão final também os tem - agora estou pensando no Windows. ;)


E finalmente, para poder responder se seu SO está obtendo o máximo de desempenho de sua máquina é importante pensar no seguinte: os sistemas operacionais são utilizados mundialmente e assim devem funcionar em uma diversidade assustadora de combinações de hardwares. Desta forma eles não vêm de fábrica configurados para explorar seu hardware ao máximo e sim para funcionar na maior quantidade de hardware possível, ou seja, estão nivelados por baixo! Sendo assim, após todas estas escolhas, ainda é necessário um bom tunning para se atingir o maior desempenho possível!

4 comentários:

  1. Bareta, gostei muito desse post. Vou repassar o link no grupo da Facul, pois temos problemas com alguns Xiitas linux vs Xiitas Windows.

    Eu já sou da seguinte opinião: Linux é um mal necessário, Windows é mais fácil p usuários comuns. Do MAC não posso dizer muita coisa, só mexi uma vez com ele e foi numa entrevista de emprego, digo q odiei aquele mouse de botão único e fazer duplo clique usando teclado foi foda, rs. Mas aí a dificuldade era minha.

    Hj estive procurando uma empresa q ofereça treinamento linux em UBUNTU. Só achei uma no Brasil. Acho isso um ponto falho, pois a maioria aprende na raça, em fóruns. Já a Microsoft tem várias empresas dando treinamentos.

    Bom, é isso, amigo.

    Bjs e continue com os ótimos posts!

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  2. Poucas pessoas escolhem seu sistema operacional. A maioria das pessoas não sabem o que é um sistema operacional e simplesmente usam o primeiro que aparece (que neste momento é representado em sua maioria pelo windows).
    Quem fornece suporte para um S.O. não é o fornecedor, mas sim o técnico local. Se você tem um primo que pode instalar um Linux tunado pra você, então você deve usar Linux. Se você tem um vizinho que instala windows pra você, use windows.
    Se você já tem experiência instalando e tunando o windows, para usar Linux você teria que "pagar o preço" de reaprender tudo.
    Filosoficamente falando, nós não fazemos escolhas, o destino simplesmente nos conduz para um lado ou outro, e achamos que as escolhas foram nossas quando na verdade o fluxo dos acontecimentos nos induziu a nossa decisão.

    P.S. - Eu uso Linux. O motivo é por este ser um software de fonte aberto.

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  3. minha introdução na informatica foi usando o sistemas Linuxs (Kurumin 6), achei o OS muito facil de usar apesar dos meus professores sempre reclamarem que o Windows era melhor.
    Depois do kurumin instalaram o a distribuição Debian nos computadores, muito bom tambem!
    O Windows, aprendi a usar nas LAN e percebi todas na minha cidade so usava Windows.
    na minha opinião o Linux é muito melhor que o Windows só que o problema dele são os aplicativos. No windows existem uma diversidade de programas disponiveis, enquanto o linux é bem dificil de se encontrar.
    Um diferencial no Linux sobre o windows que acho é a segurança, hoje é dificil ver alguem dizer que tem um virus ou trojan no linux.
    Atualmente to utilizando o Windows porque na faculdade onde estudo so estão utilizando programas para windows. Tentei rodar no Linux usando o Wine mas acontece muitos erros e alguns programas não funcionaram.

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Você se diverte lendo meus posts e eu lendo seus comentários! ;)